segunda-feira, 20 de junho de 2011

O espelho e outros contos machadianos - Machado de Assis

HUMOR E DESENCANTO-

Machado de Assis quando vivo, foi considerado um dos melhores autores brasileiros em sua época.
Cem anos depois de sua morte ele ainda é considerado o maior escritor brasileiro. Esse autor impressiona pela intensidade de seu estilo. Seu texto esconde uma literatura moderna e ousada. No começo da década de 80, ocorreu a reviravolta de Machado, e foi explicada com a seguinte afirmação "perdera todas as ilusões sobre os homens". A primeira obra desse livro ( "o espelho") fala de um dos problemas fundamentais de sua obra: a identidade. No conto " galeria póstuma" todos os personagens precisam fingir que ocupam as posições mais baixas. o conto " o empréstimo " fala de avareza. o conto " verba testamentária " fala da inveja. Traição é o tema abordado no conto " noite de almirante ".
Resumindo, nesse primeiro parágrafo Ivan Marques, fala um pouco de Machado de Assis como autor e conta basicamente a ideia principal de alguns contos de Machado.

O ESPELHO -

Cinco cavalheiros debatiam os mais complicados problemas do universo. Apenas quatro cavalheiros falavam, e havia um outro cavalheiro que dele apenas se ouvia um resmungo de aprovação. Os companheiros tinham uma idade entre 40 e 50 anos. A conversa começou quando um deles disse que cada criatura humana tinha duas almas, uma que olha de fora para dentro e uma que olha de dentro para fora. O mesmo homem conta da história de uma mulher que trocava de alma seis vezes por ano, comentaram que essa mulher é parenta do diabo.
Jacobina começa uma narração da vida dele. Jacobina fala que foi nomeado alferes da guarda nacional. Todos começaram a chamá-lo de Alferes. Tiveram pessoas que ficaram satisfeitas e outras que ficaram insatisfeitas com a nomeação. Alferes foi passar um tempo na casa de sua tia, Dona Marcolina, que chegou à ponto de colocar um grande espelho com moldura de ouro e madrepérola no quarto dele. Ao dizer isso os ouvintes mal acreditavam no que Alferes estava dizendo. Ele então continuou a história. Após ter ficado 3 semanas na casa de tia Marcolina, ela recebeu a notícia grava de que uma de suas filhas estava doente e poderia morrer. Como tia Marcolina foi ver a filha, pediu para que alferes cuidasse do sítio. Nesse meio tempo, os escravos fugiram e levam até os cachorros. Como alferes não queria levar mais sofrimentos à sua tia, não disse nada a ela. Alferes não só ficou sozinho como se sentiu muito só, as horas para ele, pareciam séculos. A noite era silenciosa. Queria ele que sentisse medo. O que alferes sentia não se dava para descrever. Dormir era a única coisa que o confortava.Quando olhava-se no espelho ele só via borrões. Quando colocava seu traje de alferes via tudo definido. E foi assim que alferes passou o resto dos dias, se olhando no espelho com seu traje de alferes.
PERSONAGENS QUE NÃO APARECEM
CAPITÃO PEÇANHA - tio falecido do alferes

O EMPRÉSTIMO-

Vaz Nunes era um tabelião,e também um dos homens mais perspicazes do século, ele é falecido. Tinha 50 anos, era viúvo e não tinha filhos. Usava óculos mas não era míope.
Um homem apareceu no cartório com o semblante que iria entregar algo valioso ou raro para Vaz Nunes. Mas o tabelião não reconhecia o tal homem. Esse homem se chamava Custódio, tinha 40 anos, um rosto agressivo e mão macias com unhas longas. Custódio metia-se nos negócios que não prestavam para nada. Custódio queria ser sócio de uma fábrica de agulhas, mas para isso tinha de arranjar 5 contos. Foi até o tabelião para fazer o tal empréstimo de 5 contos, mas Vaz Nunes disse que era impossível emprestar tal quantia pois seu valor era muito alto e era impossível de ele achar alguém, que emprestasse tão alta quantia. Custódio ficou arrasado. Mais uma vez ele foi ao tabelião fazer um empréstimo, só que desta vez eram 500 mil réis. Mas mesmo assim ele não conseguiu o dinheiro. Vaz Nunes ofereceu emprego ao Custódio, mas recusou. Queria 200 mil réis, Vaz Nunes não pode dar. O tabelião não podia dar nem 100 mil réis, 50 mil réis ou ainda 20 mil réis. Custódio ainda pediu 10 mil réis, o tabelião por sua vez abriu a carteira e tirou duas notas de 5 mil réis, deu uma para Custódio e ficou com a outra.

VERBA TESTAMENTÁRIA-

Joaquim Soares fazia caixões, ele fez um para Nicolau e ainda por cima não exigiu remuneração pelo serviço feito. Nicolau morreu com 68 anos. Seu pai era um honrado negociante.O vice-rei era o conde de Resende. Ele andava preocupado com a necessidade de construir um cais na praia de Dom Manuel. Um comerciante amigo do pai de Nicolau prometeu dar dinheiro para a construção do cais se derem o cargo de alferes ao se filho de 7 anos. Com raiva Nicolau rasgou a farda que o menino carregava. Em casa apanhou. teve um tempo que os meninos ricos tinha que se vestir o mais simples possível, pois senão apanhavam de Nicolau e isso chegou a tal ponto que seu pai o prendeu em casa durante 4 meses. O pai então decidiu colocar o menino em uma escola, onde a palmatória poderia cuidar bem do menino. Nicolau espancava os que se mostravam mais adiantados no estudo. Na mudança de séculos, morreu o pai e a mãe de Nicolau. Sua irmã se casou com um médico. A partir desses acontecimentos Nicolau passou a viver sozinhos, com seus 23 anos. Nicolau entrou na política. Casou com uma mulher que sua irmã arranjou para ele. Nicolau ficou doente, ele tinha secreção no baço. Ele morreu. No testamento de Nicolau estava exigindo que seu caixão fosse feito por Joaquim Soares.

GALERIA PÓSTUMA-

Na véspera de sua morte, Joaquim Fidélis foi a um baile e dançou. Escreveu uma carta após o baile, deitou e morreu. Joaquim tinha sido deputado mas não conseguiu se reeleger. Era viúvo desde a primeira invasão da febre amarela. Morava com seu sobrinho, Benjamim que era órfão. Joaquim cuidou do menino até ele conseguir seu diploma. O menino ficou atordoado quando achou o cadáver do tio na cama. O menino sofreu porque considerava seu tio um pai. No enterro foram muitas pessoas entre elas senadores, um ex-ministro, titulares, capitalistas, advogados, comerciantes, médicos. Cinco familiares seguraram o caixão. Depois do enterro os familiares foram almoçar na casa do Benjamim. Depois desse almoço cada familiar pegou uma lembrança do morto. Benjamim achou o diário de seu falecido tio. Nesse diário existiam as memórias de cada um dos seus familiares e seu sobrinho. No dia seguinte seus familiares voltaram para ouvir o que estava escrito do diário. Entendendo o sofrimento do menino despediram-se e foram embora.
PERSONAGENS QUE NÃO APARECEM:
DIOGO VILARES, ELIAS XAVIER, JOÃO BRÁS, FRAGOSO, GALDINO: os familiares
O MACHETE-

Inácio Ramos era apaixonado pela música e pela leitura. Tocava um instrumento chamado rabeca. Mas quando foi ao RJ se apaixonou pelo violoncelo depois que ouviu um velho alemão tocá-lo. O pai tinha morrido, só lhe restava a mãe que morreu logo em seguida, Inácio tocava a rabeca em igrejas e outros lugares. No dia depois da morte de sua mãe compôs uma música. Casou-se com Carlotinha, e um dia tocou a música que tinha composto, não viu a mulher ou mesmo o instrumento, apenas viu a imagem de sua mãe. Sua mulher achou linda a sua obra de 20 minutos. Disse a sua mulher que assim que seu filho nascesse iria compor mais uma vez. A mulher então decidiu que se fosse menina iria tocar harpa e que se fosse menino iria tocar o violoncelo. A mulher o fez tocar para umas pessoas, onde apareceram seus futuros amigos estudantes Amaral e Barbosa. Barbosa tocava machete ( cavaquinho ) enciumado Inácio queria aprender a tocar machete. Os estudantes voltaram então para SP. Um dia Inácio estava tocando seu violoncelo com seu filho aos seus pés, lamentando não ter aprendido a tocar cavaquinho.

NOITE DE ALMIRANTE-

Deolindo Venta-Grande iria passar uma noite em terra, teria uma paixão de 3 meses com uma moça chamada Genoveva, e isso seria antes de ele embarcar novamente. Os dois fazem o juramento de fidelidade. Quando volta, Deolindo aparece feliz para ver a amada, mas recebe a notícia que ela estava com outro. Deolindo disse que iria se matar, mas a moça não acredita, ele então volta de sua noite de almirante feliz, para não mostrar a vergonha que sentia para os outros marinheiros.

O CASO DA VARA-

Damião foge do seminário porque não queria seguir carreira eclesiástica, que havia sido escolhida pelo seu pai. Sem saber a quem recorrer, encontra abrigo na casa de Sinhá Rita, que entendeu e ajudou quando Damião explicou seu desgosto pelo seminário. Em pouco tempo Damião se sente a vontade a começa contar anedotas para uma criada da casa chamada Lucrécia. A criada é ameaçada com uma vara por se distâncias de seus afazeres. Isso significa que se ela não terminasse tudo até de noite seria punida. Damião por sua vez diz que iria proteger a criada caso Sinhá surrasse a Lucrécia. O pai do rapaz não queria ver o filho fora do seminário. Na noite de recolher os trabalhos Lucrécia ainda não tinha terminado o seu, Sinhá Rita irada pega a menina pela orelha e pede a Damião a vara. Ele decide proteger a si mesmo e mesmo Lucrécia suplicando ele alcança a vara.

IDÉIAS DE CANÁRIO-

Macedo estudava ornitologia. Um dia quando quase foi atropelado entrou de supetão em uma loja, onde seu dono cochilava na parte de trás. Na loja haviam muitas coisas velhas. Entre elas panelas sem tampa. Ele ia sair, mas viu uma gaiola com um canário pulando dentro dela. Ele começou a falar com o canário. Depois da conversa o dono da loja acordou e vendeu o canário para Macedo. Ele começou a fazer o estudo do canário sem a intenção de contar para alguém o que descobrira. Ele vivia pedindo para que o pássaro repetisse a sua definição de mundo. O canário não falava com os criados porque sabia que faltavam a eles conhecimento cientifico. No final o professor ficou indignado com a última definição de mundo do canário.=

UMAS FÉRIAS-

José Martins está na escola conversando com um professor, que depois de um tempo o manda sair. O homem era o tio de José que ele chamava de tio Zeca. José Martins tinha uma irmã chamada Felícia. No caminho para casa eles caminhavam curiosos pensando em festas e comemorações. José estava muito feliz por sair cedo do colégio, e por imaginar o festão. A alegria deles tinha desaparecido quando viraram a esquina e viram pessoas usando preto e todas elas estavam com um semblante muito triste. Quando chegaram em casa a mãe deles o abraçou e disso que o pai dos dois tinha morrido. Foi a semana mais triste da vida deles. Quando eles voltaram para a escola na segunda também foi a volta da felicidade para ambos.

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