domingo, 2 de outubro de 2011

Um certo capitão Rodrigo - Erico Verissimo

Todos estranharam o jeito que Rodrigo chegou a cavalo em Santa fé. Foi a venda de Nicolau, onde, por um jeito de falar quase arranjou briga com Juvenal Terra. Rodrigo, conversando, disse que se envolveu em muitas guerras. Juvenal disse que até seu pai, Pedro Terra esteve em uma delas. Nicolau ofereceu seu quarto de hóspedes para Rodrigo dormir. Rodrigo conheceu o pai de Juvenal em um funeral. Em uma noite comum na venda de Nicolau, com fumo e farra para Rodrigo, o padre apareceu para reclamar de sua música e cantoria. Desde que Rodrigo chegou a cidade, os cidadãos de Santa Fé dizem para ele montar em seu cavalo e ir embora. Capitão Rodrigo diz que seu único motivo para ainda ficar nessa cidade se chama Bibiana. O padre diz que vai ser difícil, pois o filho do coronel Amaral também gosta dela, o único problema é que ele é rico e Rodrigo ainda nem sabe se pode ficar na cidade. No dia seguinte, Rodrigo foi apresentado ao coronel, mas o homem disse que Rodrigo deveria ir embora da cidade o quanto antes, disse que conhece um sujeito até pela roupa que usa, disse que o lenço vermelho que Rodrigo usava no pescoço era provocação. Depois disso, Rodrigo apostou tudo o que tinha nos cascos de seu cavalo, então, ele e Bento apostaram a corrida em que Rodrigo ganhou. Rodrigo quer fazer negócio com Juvenal e se impressiona pelo fato de Juvenal não se entusiasmar com nada e ainda diz que pretende casar com Bibiana. Juvenal casou-se e na festa, todos dançaram. Bêbado, pediu para dançar com Bibiana, e seu par Bento não gostou muito da ideia, então deu um soco em Rodrigo e marcaram pra brigar perto do cemitério. Capitão Rodrigo deixa a marca da primeira letra de seu nome na testa de Bento, mas acabou sento atingido no peito por uma bala. Os moradores de Santa Fé assistiram a chegada dos imigrantes alemães. O Coronel deu a permissão para Rodrigo morar em Santa Fé. Bibiana confessou ao pai que gosta do Capitão Rodrigo. Bibiana casou-se com o Rodrigo. Mesmo depois de casado, Rodrigo continuou cantando, bebendo e fumando com os outros. Bibiana ficou grávida. Rodrigo trai Bibiana. Anita, sua filha fica doente e na madrugada, acham a menina morta. Rodrigo se relaciona com uma das imigrantes alemãs, seu nome era Helga. Rodrigo se surpreende quando a imigrante abandona-o. Rodrigo parte de Santa Fé para ir a uma revolução com seu amigo Bento Gonçalves. Rodrigo volta a Santa Fé para enfrentar os Amarais que permaneceram fieis ao império. Os farroupilhas triunfam em combate mas no ataque Rodrigo morre. O livro acaba do mesmo jeito que começou, em um dia de finados. Bibiana vai ao cemitério com os seus dois filhos.

PERSONAGENS:
Bolívar , Anita e Leonor - filhos de Rodrigo e Bibiana
Helga - imigrante alemã que Rodrigo passa a gostar
Paula - mulher de Nicolau
Bento Amaral - filho do coronel
Coronel Ricardo Amaral Neto - autoridade da cidade de Santa Fé
Nicolau - dono da venda em que Rodrigo dormia e farreava as noites
Juvenal Terra - amigo de Rodrigo
Pedro Terra - pai de Juvenal
Bibiana Terra - filha de Juvenal
OBS: os personagens que não estiverem aqui, estão no meio da história
OBS2: resumo inspirado no filme e no livro "um certo capitão Rodrigo"

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O salto para a vida - Célia Valente

Léa Mamber tinha vários documentos que apresentavam outros nomes para se referir a ela: Léa Bleiman, Laja Blajmann e Alicja Zofja Nuzsy. Ela era uma judia perseguida por nazistas. Sua mãe e sua irmã morreram. Ela nasceu em 25 de maio de 1918 em Glinyany. Cresceu em uma aldeia chamada Sadowa Wisznia. Durante a Primeira Guerra ela teve que se mudar para Viena porque Galícia estava sendo invadida por russos. Seu pai tinha sido rico, era dono de uma loja de tecidos. A única herança que Lazar tinha deixado era a casa, que deixou pra mãe de Léa. A Léa tinha cinco meio-irmãos : Rachel e Frederico (do primeiro casamento do pai) , Sarah , Sheiva e Estera (do segundo casamento do pai). Sheiva, uma vez, jogou cinzas no sholent (prato judeu) de Léa e da mãe com a intenção de envenená-las. Elka decidiu levar Léa para irem morar com Mindla Blau. Quando sua avó morreu, elas venderam a casa para irem morar em um lugar melhor. Um casamenteiro chegou a cidade e queria casar a mãe de Léa com um estranho. Naquele tempo as judias casadas ou viúvas usavam peruca. Tio, tia ,primos e as meias-irmãs do segundo casamento do seu pai foram executadas durante a guerra. Aos 21 anos de idade ela ficou noiva de um cara chamado Herman Sternlicht. Como seu noivo ficou com medo dos nazistas ele fugiu para a Rússia, onde disseram que ele tinha morrido. Quando os alemães chegaram na cidade em que Léa estava, reuniram 5 filhos de uma mesma família judia a mataram eles em praça pública e em seguida fuzilaram mais 19. A partir da chagada dos alemães o povo judeu teve que cumprir ordens como a de usar no braço direito uma faixa branca com a estrela-de-davi para identificação. Eles começaram a varrer ruas, costurar uniformes e até fabricar botas como trabalho forçado. Léa varreu as ruas por nove meses porque achou que estaria segura. Ela foi recrutada pela idade e pela aparência física. Ela ficava cada vez com mais medo pois se falava em extermínio de judeus. Em 12 de setembro de 1942 Léa saiu correndo para casa no meio do seu turno de varrer as ruas porque viu tropas inteiras da Schutzstaffel ( também chamado de SS era o grupo armado organizado de início como guarda pessoal de Hitler). Fugindo da situação ela e a mãe se esconderam em uma casinha na beira do rio onde conseguiram passar a noite até serem deduradas pelo ajudante do barbeiro, um polonês que as viu e puxou Elka pela roupa, com a filha agarrando o outro lado elas foram para em uma ponte onde os SS estavam com metralhadoras apontadas na direção delas. Elas foram presas. Na sinagoga Léa lembra ter visto praticamente todos os judeus da cidade com trouxas nas mãos. Da sinagoga, os judeus foram levados para um barracão onde um trem estava à espera para levá-los ao campo de concentração. Elka pediu que Léa pulasse do trem, e ela o fez, não queria abandonar a mãe , mas Elka insistiu, queria que a filha vivesse. Mas antes da filha pular ela disse que seu noivo estava vivo. Uma camponesa deu à Lèa uma certidão de nascimento de polonesa onde ele teve que se passar por Alicja. Ela pegou um trem pra Sadowa Wisznia sem pagar e o bilheteiro concordou. Antes de mudar de cidade ela passou na casa de uma amiga da mãe dela que estava guardando os pertences de Léa e de Elka. Estava escrito em todo o lugar que quem ajudasse um judeu ia ser enforcado ou fuzilado junto com ele. Ela ficou por um tempo na casa de Dudziakova onde conseguiu uma identidade falsa, mas teve que tingir o cabelo de loiro para parecer polonesa. Ela decidiu que iria trabalhar na Alemanha, quando foi para o recrutamento disseram que a foto da identidade, que era a única coisa verdadeira não se parecia com ela mesma. O rapaz que estava no balcão disse que ela não poderia ir pois tinha cara de judia. Ela teve que dar dinheiro para ele, para ela conseguir ir para a Alemanha em busca do seu trabalho. Ela passou o natal na casa de Dudziakova, mas não pode jantar direito pois os nazistas fariam uma busca então ela teve que se esconder de baixo de uma árvore do lado de fora da casa. Ela foi em busca dos tecidos que tinha deixado na casa de uma amiga em outra cidade, mas pernoitou na casa de um senhor. Os netos dele brincavam de carrinho com a Torá. Um guarda foi até a casa desse senhor para ver os documentos de Léa, mas como isso tinha acontecido duas vezes e ela teve sorte, arriscou essa vez também. Quando percebeu, se viu em um trem onde viajou 3 dias e 3 noites para a Alemanha. Ela foi escolhida por um casal para ser empregada. Como ela não sabia ordenhar a vaca e nem fazer crochê ela foi enviada a outra família, uma família que precisava de alguém que cuidasse dos filhos do casal. A cada dia ela tinha uma tarefa para fazer. No momento ela estava cuidando da roupa e dos filhos do casal os gêmeos Werner e Dorchen e a pequenina Ingele. Léa trabalhava com Edward e Marenka que eram dois empregados. Léa até seria madrinha de batismo do filho do Edward. Ela não ganhava muito mas conseguia economizar e inclusive mandar dinheiro para seu primo Dunio que trabalhava em uma fabrica de aço sem ganhar nada. A folga dela era nos Domingos de tarde. Quando Anemari fez 12 anos ganhou 500 marcos de presente e tinha perdido, era muito dinheiro, Léa com medo de ser acusada de ladra procurou, e ao limpar a gaveta da menina ela achou e nota e se livrou do que poderia ser um problema. Quando ela ajudou Gunter com o seu trabalho da escola, ela começou a ser tratada de modo diferente. Quando o Ministério do trabalho foi atrás de trabalhadores, Clara deixou levarem os outros empregados menos Léa. Quando ela teve cachumba, Clara deixou ela repousar, mas em seguida, Léa teve panarício na unha do pé, que foi tratado pela Clara. Omama era muito desconfiada, achava que Léa era judia, e enchia a empregada de perguntas. Omama fez Léa se confessar, mesmo sendo judia. O padre a fez comungar. Ela pôs a hóstia na boca e cuspiu em um lenço em seguida. Seu patrão perguntou ao padre o que ela tinha confessado. Quando um grupo de soldados chegaram para libertar os judeus. Cançada de guardar segredo, Léa contou que era judia. O general que veio falar com ela disse para ela ir embora. Ela foi. Abandonou a família para que trabalhava e foi. Sua família inteira havia sido aniquilada. Ela conheceu um judeu que contrabandeava cigarros da Romênia. Ela o conheceu logo após de ele perder a mulher e o filho. Léa trabalhou um tempo vendendo cigarros. Natan contou que para sobreviver teve que se esconder no esgoto por um tempo. Para passar pelas barreiras ele teve que se esconder embaixo dos corpos dos judeus mortos. Depois ele se escondeu no sítio de um ucraniano. Nessa época, Léa morava com um casal de judeus. Um dia, um policial recolheu os cigarros dela pois disse que era contrabando. Natan a consolou e depois de um tempo, ele a propôs em casamento e ela aceitou. Eles ficaram um tempo na Polônia, na Tchecoslováquia, em Paris. Léa foi atrás de seu irmão Frederico que morava em São Paulo. Pouco depois ele respondeu a carta que ela tinha mandado. Recomendaram que Léa e o marido aprendessem o português. Léa aprendeu e só veio a falar quando veio morar no Brasil. À bordo de um navio chamado "formoso" Léa enjoava muito porque estava grávida de sua primeira filha. Eles chegaram no Brasil no dia 23 de fevereiro de 1947. Eles desembarcaram em Santos e seu irmão já estava lá com Sarita, esperando por Léa. Seu irmão deixou claro que não queria que ela ficasse na casa dele por muito tempo. Então, Léa veio para Curitiba, onde mora a sua irmã Rachel. Sua irmã chorou quando os recebeu em sua casa. Léa ganhou muitos presentes para sua filha e no dia 30 de maio de 1947 ela nasceu. Natan trabalhava com o cunhado enlatando mel. Natan, o cunhado e um amigo, fecharam negócio em Santa Catarina. Eles tinham uma loja em Mafra, uma loja que tinha de tudo. Ambos tinham pesadelos quando lembravam dos nazistas. Natan gostava de comer sementes de girassol quando ia ao cinema. O que dava mais lucro em sua loja era arame farpado. Léa tinha medo da sexta-feira santa. Ela tinha medo de ser culpada pela morte de Jesus. Rachel morreu de câncer no pâncreas. No dia 1 de junho de 1949 nasceu Miriam, a segunda filha de Léa. Durante a gravidez de seu terceiro bebê ela teve câncer. Sérgio, seu terceiro filho nasceu em 1952. Ela morou em Mafra por onze anos. Quando Sérgio fez 7 anos eles se mudaram pra Curitiba. Léa falava em ídiche com os seus filhos, mas eles sempre respondiam em português. Aos 59 anos, Natan morreu de câncer. Depois que o marido morreu ela se deprimiu mas depois de um tempo começou a trabalhar igual ao marido. Ia até Mafra na segunda e voltava na sexta. Alice foi assassinada. Em 1969 ela foi a Israel, onde Miriam passou um ano estudando. Alguns anos depois ela voltou para Polônia para rever Dudziakova. Léa morreu de câncer em 1993 em Curitiba. Teve três filhos e dez netos.


PERSONAGENS:

Léa Mamber: judia polonesa, a personagem principal. Falava em alemão, ídiche e polonês. Escrevia em ucraniano.
Lazar Bleiman: pai de Léa, que morreu de tuberculose quando a menina ainda tinha dois anos de idade.
Elka Blau: mãe de Léa e terceira mulher de Lazar
Sheiva: meia-irmã de Léa, tinha problemas mentais.
Mindla Blau: avó materna de Léa.
Kister: inquilino que criava pombos no telhado para vender os ovos.
Hanna Blau: tia de Léa. Era casada e muito religiosa.
Gluszkiewicz: nome do diretor da escola que Léa estudava.
Herman Sternlicht: noivo de Léa era guarda-livros, judeu de origem russa.
Jacob Sternlicht: irmão do Herman, trabalhava no exército polonês.
Dudziakova: mulher que ajudou a Léa a arrajar documentos falsos e a deixou ficar no depósito de comida da sua casa.
Joseph Hamprecht: patrão de Léa. Casado com Clara e tem 5 filhos.
Werner e Dorchen: os gemeos de 8 anos filhos de Clara e Joseph Hamprecht
Ingele: a menininha de 6 meses filha de Clara e Joseph Hamprecht
Dunio: primo que trabalha em uma fábrica de aço
Anemari: filha de Clara e Joseph Hamprecht
Omama: avó dos 5 filhos de Clara
Gunter: o filho mais velho de Clara, ele tem 15 anos.
Franz: primo da Omama
Natan: marido e pai dos 3 filhos de Léa
Luschia: irmã de Natan
Liberman: homem que oficializou o casamento de Léa com Natan.
Sarita: filha da irmã de Léa
Helena: outra filha da irmã de Léa.
Moisés Paciornik: marido de Helena. Ele era ginecologista.
Suzana: primeira filha de Léa
Miriam: segunda filha de Léa
Sérgio: terceiro filho de Léa
Alice: mulher que cuidava da loja enquanto Léa estava fora

*narrador-personagem, história contada na 1ªpessoa do singular pela Léa.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ciumento de carteirinha - Moacyr Scliar

Francesco, mesmo doente, quis ir para a escola José Fernandes da Silva onde estudava porque o professor Jaime tinha preparado uma surpresa para seus alunos. Ele lê o primeiro parágrafo do livro e diz que o nome do livro é o apelido do poeta que foi citado no primeiro parágrafo. Quando ele foi contar o título, a escola desabou, a pedra da carranca deslizou do seu morro com a chuva até acabar com o teto da escola. O professor ficou ferido com os destroços mas nada muito grave. Como a escola fora destruída, os alunos estavam tendo aula no salão paroquial da igreja do bairro, a igreja do padre Afonso. Vitório era o presidente do grêmio do colégio, estava animado para saber o nome do livro, então interrompeu a aula da professora Sandra para perguntar. Ela disse que o nome do livro era Dom Casmurro. Vitório ficou empolgado, disse que poderiam participar do julgamento de Capitu que ia acontecer na cidade vizinha. O julgamento era pra saber se Capitu traiu ou não Bentinho. E com o dinheiro que eles poderiam ganhar se vencessem o julgamento eles poderiam reconstruir a escola. Júlia, achou a ideia de Vitório ótima. Nanda, Júlia, Francesco e Vitório foram até Jaime para contar que iriam participar do julgamento. Jaime diz que Dom Casmurro tem causado polêmica desde a sua publicação em 1899. Eles falam do Brasil na época. O Brasil era muito conservador e cheio de preconceitos. Francesco tinha o nome em homenagem ao seu tataravô, o seu apelido era Queco. Não gostava quando as pessoas mexiam com o seu sobrenome do meio que era Formoso. Ele tem dois irmão e ambos gostam de ler. Os pais de Francesco eram fãs de Machado de Assis e disseram que o menino iria gostar do livro. Capitu e Bentinho, personagens do livro, tinham quase a mesma idade, Capitu tinha 14 e Bentinho tinha 15. Francesco tinha tinha um encontro com seus amigos para discutir o livro do Machado de Assis. Alípio disse que em conhecido dele era amigo do júri, mas Francesco não gostou da idéia, se fosse pra ganhar, que fosse honestamente. Vitório concordou. Quando ele viu Vitório abraçando e dando um beijo na bochecha de Júlia, morreu de ciúmes e foi para casa, recusando o convite dela de ir ao cinema. Quando chegou em casa , Dom Casmurro havia sumido, mas no final, Sapeca, a cadelinha estava com o livro entre as patas mordendo como se fosse um osso. Sapeca estava com ciúmes do livro. A mãe de Bentinho queria que ele virasse sacerdote. Capitu e Bentinho prometeram casar-se. Na casa paroquial, Vitório disse que os grupos inscritos de Santo Inácio disseram que as pessoas da cidade deles viviam se intrometendo e achando que são melhores que o pessoal de Santo Inácio. Durante a discussão sobre qual lado eles iam defender no debate, há uma divergência de opiniões porque Francesco acredita que Capitu traiu, pois se coloca no lugar de Bentinho, sentindo assim todo o ciúme que ele tinha sobre Escobar, enquanto Nanda, Júlia e Vitório acreditam que Capitu é inocente e foi vítima do ciúme doentio de Bentinho. Pra provar que sua opinião estava certa Francesco falsifica uma carta de Machado de Assis dizendo que Capitu havia traído Bentinho, mas na hora do julgamento uma reviravolta acontece. O Francesco resolve contar toda a verdade na frente de todo o público e de sua amada Júlia.

PERSONAGENS :

Professor Jaime: usa óculos, tem olhos arregalados, barba grisalha e era mal vestido.

Santa Ifigênia: bairro onde a escola se localizava

Morro da Carranca: era chamado assim, pois uma das pedras existentes naquele lugar parecia uma cara humana com expressão ameaçadora.

Eustáquio: médico que examinou Jaime após o desabamento do teto da escola.

Professora Sandra: professora que substituiu Jaime.

Vitório : presidente reeleito do grêmio do colégio, era conhecido como um cara tranquilo.

Santo Inácio : cidade vizinha

Itaguaí: cidade em que eles moravam

Júlia:loira, de olhos azuis e lábios polpudos. Ela morava com a mãe, as duas discutiam por qualquer coisa. Ela tinha um irmão com problema mental.

Nanda ( Fernanda) : melhor amiga de Júlia, era morena e inteligente

Francesco: ciumento de carteirinha em relação a sua amada Júlia

Alípio: menino baixinho com pinta de safado e era fofoqueiro. Seu apelido era Graçola.

Sapeca: cadelinha de Francesco.

Capitães da areia - Jorge Amado.

Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua.Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo, Don'Aninha. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como adultos antes de se tornarem um. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, que depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido- de- Deus, um capoeirista amigo do grupo, que dá algumas aulas de capoeira para Pedro Bala, João Grande e Gato; e Pirulito, que tem grande fervor religioso. O apogeu da primeira parte é dividido em, quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e exercendo sua meninez; e quando a varíola ataca a cidade, matando um deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se indo contra a lei por isso. A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo de continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo. "Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o Rio de Janeiro para se tornar um pintor de sucesso, entristecido com a morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Areia e se torna um líder revolucionário comunista.

Personagens

João Grande: Negro, mais alto e mais forte do bando. Cabelo crespo e baixo , músculos rígidos, tem 13 anos. Seu pai, um carroceiro gigantesco , morreu atropelado por um caminhão, quando tentava desviar o cavalo para um lado da rua. Após a morte de seu pai, João Grande não voltou mais ao morro onde morava, pois estava atraído pela cidade da Bahia. Cidade essa que era negra, religiosa , quase tão misteriosa como o verde mar. Com nove anos entrou no Capitães da areia. Época em que o Caboclo ainda era o chefe. Cedo, se fez um dos chefes do grupo e nunca deixou de ser convidado para as reuniões que os maiorais faziam para organizar os furtos. Ele não era chamado para as reuniões porque ele era inteligente e sabia planejar os furtos, mas porque ele era temido, devido a sua força muscular. Se fosse para pensar, até lhe doía a cabeça e os olhos ardiam. Os olhos ardiam também quando viam alguém machucando menores.Então seus músculos ficavam duros e ele estava disposto a qualquer briga. Ele era uma pessoa boa e forte , por isso, quando chegavam pequeninos cheios de receio para o grupo, ele era escolhido o protetor deles. O chefe dos capitães da areia era amigo de João Grande não por sua força, mas porque Pedro o achava muito bom, até melhor que eles. João Grande aprende capoeira com o Querido-de-Deus junto com Pedro Bala e Gato. João Grande tem um grande pé, fuma e bebe cachaça. João Grande não sabe ler. João Grande ,era chamado de Grande pelo professor, admirava o professor. O professor achava João Grande um negro macho de verdade.

Dora: Morreu de uma febre muito forte, depois de se tornar esposa de Pedro Bala*. Morreu como uma santa, pois havia sido boa. *Para ele, virara uma estrela.

Sem-Pernas: Morrera, se jogando de um penhasco (elevador), depois de muito correr fugindo da polícia após um roubo. Ele preferira morrer do que se entregar.

Professor: Com seu dom de pintar, fora ao "Rio de Janeiro" tentar sucesso. Lá com os quadros dos Capitães da Areia ficou famoso.

Boa-Vida: Era mais um malandro da cidade, que fazia sambas e cantava pelas ruas, nas calçadas, nos bares, a "vagabundar".

Querido-de-Deus: Ensinava os meninos a lutar capoeira. Todos no trapiche o admiravam. Era pescador.

Dalva: Era uma mulher de uns trinta e cinco anos, o corpo forte, rosto cheio de sensualidade. O Gato a desejou imediatamente.

Pirulito: Garoto magro e muito alto, olhos encovados e fundos. Tinha Hábito de rezar.

Volta-Seca: Mulato sertanejo. Viera da caatinga. tinha como ídolo o cangaceiro Lampião.

O Gato: Candidato a malandro do bando, era elegante, gostando de se vestir bem. Tinha um caso com a prostituta, Dalva, que lhe dava dinheiro, por isso, muitas vezes, não dormia no trapiche. Só aparecia ao amanhecer, quando saía com os outros, para as aventuras do dia.

João-de-Adão: Estivador, negro fortíssimo e antigo grevista, era igualmente temido e amado em toda a estiva. Através dele, Pedro Bala soube de seu pai.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O espelho e outros contos machadianos - Machado de Assis

HUMOR E DESENCANTO-

Machado de Assis quando vivo, foi considerado um dos melhores autores brasileiros em sua época.
Cem anos depois de sua morte ele ainda é considerado o maior escritor brasileiro. Esse autor impressiona pela intensidade de seu estilo. Seu texto esconde uma literatura moderna e ousada. No começo da década de 80, ocorreu a reviravolta de Machado, e foi explicada com a seguinte afirmação "perdera todas as ilusões sobre os homens". A primeira obra desse livro ( "o espelho") fala de um dos problemas fundamentais de sua obra: a identidade. No conto " galeria póstuma" todos os personagens precisam fingir que ocupam as posições mais baixas. o conto " o empréstimo " fala de avareza. o conto " verba testamentária " fala da inveja. Traição é o tema abordado no conto " noite de almirante ".
Resumindo, nesse primeiro parágrafo Ivan Marques, fala um pouco de Machado de Assis como autor e conta basicamente a ideia principal de alguns contos de Machado.

O ESPELHO -

Cinco cavalheiros debatiam os mais complicados problemas do universo. Apenas quatro cavalheiros falavam, e havia um outro cavalheiro que dele apenas se ouvia um resmungo de aprovação. Os companheiros tinham uma idade entre 40 e 50 anos. A conversa começou quando um deles disse que cada criatura humana tinha duas almas, uma que olha de fora para dentro e uma que olha de dentro para fora. O mesmo homem conta da história de uma mulher que trocava de alma seis vezes por ano, comentaram que essa mulher é parenta do diabo.
Jacobina começa uma narração da vida dele. Jacobina fala que foi nomeado alferes da guarda nacional. Todos começaram a chamá-lo de Alferes. Tiveram pessoas que ficaram satisfeitas e outras que ficaram insatisfeitas com a nomeação. Alferes foi passar um tempo na casa de sua tia, Dona Marcolina, que chegou à ponto de colocar um grande espelho com moldura de ouro e madrepérola no quarto dele. Ao dizer isso os ouvintes mal acreditavam no que Alferes estava dizendo. Ele então continuou a história. Após ter ficado 3 semanas na casa de tia Marcolina, ela recebeu a notícia grava de que uma de suas filhas estava doente e poderia morrer. Como tia Marcolina foi ver a filha, pediu para que alferes cuidasse do sítio. Nesse meio tempo, os escravos fugiram e levam até os cachorros. Como alferes não queria levar mais sofrimentos à sua tia, não disse nada a ela. Alferes não só ficou sozinho como se sentiu muito só, as horas para ele, pareciam séculos. A noite era silenciosa. Queria ele que sentisse medo. O que alferes sentia não se dava para descrever. Dormir era a única coisa que o confortava.Quando olhava-se no espelho ele só via borrões. Quando colocava seu traje de alferes via tudo definido. E foi assim que alferes passou o resto dos dias, se olhando no espelho com seu traje de alferes.
PERSONAGENS QUE NÃO APARECEM
CAPITÃO PEÇANHA - tio falecido do alferes

O EMPRÉSTIMO-

Vaz Nunes era um tabelião,e também um dos homens mais perspicazes do século, ele é falecido. Tinha 50 anos, era viúvo e não tinha filhos. Usava óculos mas não era míope.
Um homem apareceu no cartório com o semblante que iria entregar algo valioso ou raro para Vaz Nunes. Mas o tabelião não reconhecia o tal homem. Esse homem se chamava Custódio, tinha 40 anos, um rosto agressivo e mão macias com unhas longas. Custódio metia-se nos negócios que não prestavam para nada. Custódio queria ser sócio de uma fábrica de agulhas, mas para isso tinha de arranjar 5 contos. Foi até o tabelião para fazer o tal empréstimo de 5 contos, mas Vaz Nunes disse que era impossível emprestar tal quantia pois seu valor era muito alto e era impossível de ele achar alguém, que emprestasse tão alta quantia. Custódio ficou arrasado. Mais uma vez ele foi ao tabelião fazer um empréstimo, só que desta vez eram 500 mil réis. Mas mesmo assim ele não conseguiu o dinheiro. Vaz Nunes ofereceu emprego ao Custódio, mas recusou. Queria 200 mil réis, Vaz Nunes não pode dar. O tabelião não podia dar nem 100 mil réis, 50 mil réis ou ainda 20 mil réis. Custódio ainda pediu 10 mil réis, o tabelião por sua vez abriu a carteira e tirou duas notas de 5 mil réis, deu uma para Custódio e ficou com a outra.

VERBA TESTAMENTÁRIA-

Joaquim Soares fazia caixões, ele fez um para Nicolau e ainda por cima não exigiu remuneração pelo serviço feito. Nicolau morreu com 68 anos. Seu pai era um honrado negociante.O vice-rei era o conde de Resende. Ele andava preocupado com a necessidade de construir um cais na praia de Dom Manuel. Um comerciante amigo do pai de Nicolau prometeu dar dinheiro para a construção do cais se derem o cargo de alferes ao se filho de 7 anos. Com raiva Nicolau rasgou a farda que o menino carregava. Em casa apanhou. teve um tempo que os meninos ricos tinha que se vestir o mais simples possível, pois senão apanhavam de Nicolau e isso chegou a tal ponto que seu pai o prendeu em casa durante 4 meses. O pai então decidiu colocar o menino em uma escola, onde a palmatória poderia cuidar bem do menino. Nicolau espancava os que se mostravam mais adiantados no estudo. Na mudança de séculos, morreu o pai e a mãe de Nicolau. Sua irmã se casou com um médico. A partir desses acontecimentos Nicolau passou a viver sozinhos, com seus 23 anos. Nicolau entrou na política. Casou com uma mulher que sua irmã arranjou para ele. Nicolau ficou doente, ele tinha secreção no baço. Ele morreu. No testamento de Nicolau estava exigindo que seu caixão fosse feito por Joaquim Soares.

GALERIA PÓSTUMA-

Na véspera de sua morte, Joaquim Fidélis foi a um baile e dançou. Escreveu uma carta após o baile, deitou e morreu. Joaquim tinha sido deputado mas não conseguiu se reeleger. Era viúvo desde a primeira invasão da febre amarela. Morava com seu sobrinho, Benjamim que era órfão. Joaquim cuidou do menino até ele conseguir seu diploma. O menino ficou atordoado quando achou o cadáver do tio na cama. O menino sofreu porque considerava seu tio um pai. No enterro foram muitas pessoas entre elas senadores, um ex-ministro, titulares, capitalistas, advogados, comerciantes, médicos. Cinco familiares seguraram o caixão. Depois do enterro os familiares foram almoçar na casa do Benjamim. Depois desse almoço cada familiar pegou uma lembrança do morto. Benjamim achou o diário de seu falecido tio. Nesse diário existiam as memórias de cada um dos seus familiares e seu sobrinho. No dia seguinte seus familiares voltaram para ouvir o que estava escrito do diário. Entendendo o sofrimento do menino despediram-se e foram embora.
PERSONAGENS QUE NÃO APARECEM:
DIOGO VILARES, ELIAS XAVIER, JOÃO BRÁS, FRAGOSO, GALDINO: os familiares
O MACHETE-

Inácio Ramos era apaixonado pela música e pela leitura. Tocava um instrumento chamado rabeca. Mas quando foi ao RJ se apaixonou pelo violoncelo depois que ouviu um velho alemão tocá-lo. O pai tinha morrido, só lhe restava a mãe que morreu logo em seguida, Inácio tocava a rabeca em igrejas e outros lugares. No dia depois da morte de sua mãe compôs uma música. Casou-se com Carlotinha, e um dia tocou a música que tinha composto, não viu a mulher ou mesmo o instrumento, apenas viu a imagem de sua mãe. Sua mulher achou linda a sua obra de 20 minutos. Disse a sua mulher que assim que seu filho nascesse iria compor mais uma vez. A mulher então decidiu que se fosse menina iria tocar harpa e que se fosse menino iria tocar o violoncelo. A mulher o fez tocar para umas pessoas, onde apareceram seus futuros amigos estudantes Amaral e Barbosa. Barbosa tocava machete ( cavaquinho ) enciumado Inácio queria aprender a tocar machete. Os estudantes voltaram então para SP. Um dia Inácio estava tocando seu violoncelo com seu filho aos seus pés, lamentando não ter aprendido a tocar cavaquinho.

NOITE DE ALMIRANTE-

Deolindo Venta-Grande iria passar uma noite em terra, teria uma paixão de 3 meses com uma moça chamada Genoveva, e isso seria antes de ele embarcar novamente. Os dois fazem o juramento de fidelidade. Quando volta, Deolindo aparece feliz para ver a amada, mas recebe a notícia que ela estava com outro. Deolindo disse que iria se matar, mas a moça não acredita, ele então volta de sua noite de almirante feliz, para não mostrar a vergonha que sentia para os outros marinheiros.

O CASO DA VARA-

Damião foge do seminário porque não queria seguir carreira eclesiástica, que havia sido escolhida pelo seu pai. Sem saber a quem recorrer, encontra abrigo na casa de Sinhá Rita, que entendeu e ajudou quando Damião explicou seu desgosto pelo seminário. Em pouco tempo Damião se sente a vontade a começa contar anedotas para uma criada da casa chamada Lucrécia. A criada é ameaçada com uma vara por se distâncias de seus afazeres. Isso significa que se ela não terminasse tudo até de noite seria punida. Damião por sua vez diz que iria proteger a criada caso Sinhá surrasse a Lucrécia. O pai do rapaz não queria ver o filho fora do seminário. Na noite de recolher os trabalhos Lucrécia ainda não tinha terminado o seu, Sinhá Rita irada pega a menina pela orelha e pede a Damião a vara. Ele decide proteger a si mesmo e mesmo Lucrécia suplicando ele alcança a vara.

IDÉIAS DE CANÁRIO-

Macedo estudava ornitologia. Um dia quando quase foi atropelado entrou de supetão em uma loja, onde seu dono cochilava na parte de trás. Na loja haviam muitas coisas velhas. Entre elas panelas sem tampa. Ele ia sair, mas viu uma gaiola com um canário pulando dentro dela. Ele começou a falar com o canário. Depois da conversa o dono da loja acordou e vendeu o canário para Macedo. Ele começou a fazer o estudo do canário sem a intenção de contar para alguém o que descobrira. Ele vivia pedindo para que o pássaro repetisse a sua definição de mundo. O canário não falava com os criados porque sabia que faltavam a eles conhecimento cientifico. No final o professor ficou indignado com a última definição de mundo do canário.=

UMAS FÉRIAS-

José Martins está na escola conversando com um professor, que depois de um tempo o manda sair. O homem era o tio de José que ele chamava de tio Zeca. José Martins tinha uma irmã chamada Felícia. No caminho para casa eles caminhavam curiosos pensando em festas e comemorações. José estava muito feliz por sair cedo do colégio, e por imaginar o festão. A alegria deles tinha desaparecido quando viraram a esquina e viram pessoas usando preto e todas elas estavam com um semblante muito triste. Quando chegaram em casa a mãe deles o abraçou e disso que o pai dos dois tinha morrido. Foi a semana mais triste da vida deles. Quando eles voltaram para a escola na segunda também foi a volta da felicidade para ambos.

domingo, 24 de abril de 2011

Os miseráveis - Victor Hugo

Jean Valjean, órfão de pai e mãe, aparentava ter uns 45 ou 50 anos, mas na verdade tinha 46. Viajava a pé, chegou a cidade de Digne na França. Como era de costume na época, teve que apresentar seus documentos de identificação na prefeitura. Cansado e com fome parou em uma estalagem. Jacquim Labarre, o dono da estalagem, suspeitou do sujeito e mandou perguntarem sobre o recém-chegado na prefeitura. Sem dar nenhuma explicação não quiseram hospedá-lo na tal estalagem.
Foi para outra estalagem, foi expulso dessa. Pessoas estavam que estavam perseguindo Jean desde a primeira estalagem começaram a tacar pedras nele, depois que saiu da segunda estalagem.
Ele os ameaçou com seu cajado. Foi até a cadeia para ver se o carcereiro o abrigava lá por apenas uma noite. Não conseguindo abrigo mais uma vez, Jean foi até uma casa de família onde não conseguiu abrigo, foi então até a casinha do cachorro, da onde foi expulso. Foi então deitar-se em um banco numa praça. Uma mulher o viu e falou para ele ir bater em uma casa.
Bateu na casa do bispo da cidade, ele o hospedou, Jean não acreditava. Então teve que contar sua história. O bispo disse que era padre.
Jean contou que estava preso por 19 anos, pois tentou roubar um pão para alimentar seus irmãos e também porque tentou fugir algumas vezes. Contou que no lugar de uma cama havia uma tábua, que haviam muitos castigos no calabouço. Jantaram uma sopa, e Jean foi dormir em um quarto a lado do Padre. Acordou de madrugada, roubou os talheres de prata do padre e foi embora. A polícia, achando que ele estava com cara de fugitivo, pegou os talheres e foi falar com o padre. O padre então disse que deu os talheres para o homem, disse que pertencia aos pobres, mas avisou para o Jean usar o dinheiro para o bem.
Saindo da casa do padre, Jean viu um menino que carregava algumas moedas e sem querer deixou cair a mais valiosa delas, uma de prata. Jean logo pisou em cima da moeda e não devolveu para o menino chamado Gervais. Depois a culpa o tomou conta e saiu em busca do tal menino.
Em suas perambulações conheceu várias pessoas que seriam importantes na sua vida.Assim ele mudou de cidade, vendeu os utensílios e montou uma fábrica usando outro nome. Lá conheceu Fantine que contou tudo de sua vida a ele que prometeu ajudá-la.
Fantine antes de morrer havia dito que tinha uma filha que devido as circunstancias vivia em casa de uma família chamada Ostenardier, pessoas de índole duvidosa e gostaria que a buscasse. Fantine faleceu e neste meio tempo Jean foi ao encontro desta família encontrando Corsette.
Ele a levou e a criou e ela o chamava de pai. Mesmo sendo empresário ,devido a estar em uma cidade onde poucos o conheciam, havia um policial que o perseguia e vigiava em busca de descobrir algo sobre sua vida. Esse policial chamava-se Javert. Assim Jean tentava levar uma vida simples para não chamar muita atenção com sua filha Corssete e como Javert vivia perseguindo-o ele resolveu buscar ajuda com um senhor que em momentos outros de sua vida, necessitou de sua ajuda. O senhor Fauchelevent retribuiu o favor escondendo-os no Convento e conseguindo um abrigo para que morassem. Jean torunou-se jardineiro do convento e sua filha Corsette estudava como aluna bolsista do convento e assim ficaram cerca de 10 anos ocultos e livres da perseguição do policial . Corsette cresceu e tornou-se moça conheceu Marius e mais tarde casou-se com ele. Marius investigando a vida do sogro, descobriu que ele era ex-presidiário e proibiu as visitas da filha que Jean havia criado com todo o carinho. Ambos ficaram afastados do convívio sofreram muito por isso por anos a fio. Marius,acreditava que Jean havia matado o policial que o perseguia e roubara o empresário tomando posse dos seus pertences, sem saber que o empresário era ele próprio só que com outro nome. Certo dia, Marius recebeu a visita do senhor Thenard que lhe contou a verdade. O policial havia sido morto pelo delegado e o senhor Madeleine era na verdade o senhor Jean. E contou-lhe principalmente que o senhor Jean havia salvado sua vida nas barricadas. Arrependido, encaminhou-se junto a Corsette a casa de Jean que doente estava já a um passo da morte. Marius, pedu-lhe perdão e Jean o perdoou. Sua filha Corsette e Jean não tinham sequer palavras pois estavam longe a anos mais o amor de ambos era sólido. Jean havia falado que sempre estava a vê-la mesmo que distante e que a saudade o devorava.Jean avisou que não havia mais tempo esta já a retirar-se da vida sendo chamado por Deus. Jean no final de sua vida, resignado e libertado de seu rancor, perdoou e falou de sentimentos nobres para filha e Marius principalmente do amor de ambos e ao próximo como a si mesmo. Ao falecer ele disse estar enxergando um padre. Na verdade, o padre que acompanhava a sua passagem e que ele enxergava era o mesmo que lhe auxiliou a uma vida destinada a ajudar aos outros a ter sentimentos puros e nobres e a combater as injustiças sociais. Mostrando que devemos transformar nossos sentimentos negativos dando lugar a sentimentos generosos.


quarta-feira, 23 de março de 2011

Justino, o retirante - Odette de Barros Mott

Justino é um menino de 12 anos, tem um cachorro chamado Pitó e um pai morto. O dono das terras, mais conhecido como patrão, cujo o nome era Juvêncio, pediu para que o menino e a mãe saissem da sua casa, porque ele queria colocar o gado bem aonde o Justino morava. Juvêncio ofereceu outra casa para os dois morarem, mas como a casa que o patrão ofereceu era sem teto, Justino decidiu morar na casa do padrinho. E no momento em que ele e a mãe doente iriam se mudar, ela morre no meio do caminho. O menino decide fugir porque nao aguentaria ver gado nas terras que seu pai cultivou. Então leva o cachorro, o papagaio e as santas de sua mãe.
Ele tinha uma grande preocupação de que se iria encontrar os retirantes. O padrinho, percebendo que Justino tinha ido embora achou melhor avisar o patrão. E com essa notícia Juvêncio ficou bravo. Em busca dos retirantes, Justino deixa o papagaio em um galho no meio da estrada. Continuando seu caminho, ele acha um grupo de retirantes que ao ouvirem que o menino estava sozinho, uma senhora decidiu levar ele com o grupo. O menino logo fez amizade com um velho cego chamado Chico. Os dois ficaram juntos como bons amigos, um conta história para o outro, e assim por diante. Os retirantes queriam chegar até uma cidade chamada São Francisco de Candidé. Chegaram em outra cidade.
Croibeiro, era uma cidade onde se abrigavam a maioria dos retirantes. Muitos deles vinham com doenças. O cego e o menino decidem ir para a cidade, pois o campo não agradava. Chegando na cidade o velho sente o cheiro de comida e vai direto em uma feira onde iria tocar sua viola e cantar em troca de algum dinheiro. Os dois comem e vão em direção da cidade onde dormiriam, em baixo de uma ponte. Com Chico cantando todo dia os dois conseguiam comer um pouco. Um dia o cego mando Justino ir até a feira comprar farinha, mas como o menino não sabia o que fazer deixou um estranho contar as moedas para ele. Justino foi assaltado, e no mesmo momento todos tentaram ajudar. Uma mulher oferece um emprego pro Justino. Um emprego como carregador de sacolas. A mulher se chamava dona Severina e era dona de um pensão. O menino não era de tomar decisões ele se acostumou a ser guiado pelos outros e não acreditava em nada do que estava acontecendo com ele. Nunca tinha chegado a pensar que algum dia veria uma cidade e imaginava porque os pais falecidos dele nunca contaram sobre uma cidade para o menino e porque nunca vieram morar em uma cidade.
O menino tinha bicho-de-pé. Chico cego tinha o costume de cantar músicas tristes. Mas um dia ele resolveu cantar músicas mais alegres. Outro dia vem e o menino continua trabalhando para a Dona Severina, varre, limpa, carrega certos, enfim faz um pouco de tudo em troca de alimento e uma boa conversa. Teve um dia que dona Severina ficou meio doente porque soube que o rio que ficava em baixo da ponte onde Justino e Chico moravam iria subir. Então os donos de outras pensões resolveram ajudar, dizendo que tinha um lugar que podia ser consertado, e se tornaria um exelente lugar para os dois retirantes viverem.
Um dia outro retirante encontrou o cego e lhe disse que tinha um "padim" que curava os cegos. Chico então, acreditando em cada palavra, achava que esse "padim" seria a solução de um grande problema. Justino não sabia ler e nem contar o dinheiro que tinha, mas, a dona Severina estava ajudando o menino com isso. Chico toca a violinha o que sente por ser cego, esse é o motivo de ele sempre tocar músicas tristes. Assim que a mulher ofereceu a casinha para que o cego morasse com o menino, Chico recusou disse que ele tinha que ir atrás do tal que fazia milagres, que curava os cegos.
Uma manhã quando o menino sai para trabalhar, o Chico lhe entrega a faca que costumava praparar o seu fumo. Não diz nada ao menino que pretendeia fugir com o outro retirante para ver o "padim". Então quando o menino sai para fazer compras com dona Severina percebe que está faltando música, então nota a ausência do cego. Notando a tristeza do garoto, ela o leva para casa e explica que o cego foi atrás de sua vista.
Um hóspede da pensão de dona Severina, escreveu o endereço em um papel, mas Justino não sabia ler e nem escrever o próprio nome! O hóspede então fala que ele precisa ir para a escola senão Justino não poderia ser eleitor. O menino decide então pedir para que fosse pra escola. A boa senhora o deixa ir para a escola. Ele vai, corta o cabelo, se arruma e vai para a escola para falar com o diretor para garantir sua vaga. no dia 1 de fevereiro ele vai a escola e por isso dona Severina quer comprar calças e camisetas para o menino ir limpo para a escola.
Chico havia sido enganado pelo retirante. Ele sentiu como se tivesse se cegado por uma segunda vez.
Passaram 3 anos. Justino tinha 16 anos agora. Aprendeu a ler e a escrever. Pela sua capacidade de estudos fez 2 anos de escola em um ano só! Dona Severina tinha um irmão que ficou viúvo. Justino, dona Severina e o irmão dela voltaram para a seca. Foram até a pensão do seu Dito, a pensão do irmão da Severina. Um certo tempo se passou, Justino ja tinha colegas adultos na escola. Não tinham mais nenhum tipo de informação a respeito do Chico.
Justino, então recebeu o diploma da escola, e os amigos e o diretor presenciaram esse momento. Vendo o povo no teatro se emocionou porque aquele era um povo que lutava, que defendiam seus direitos e que eram humildes. A mensagem que ele passou penetrou profundamente nas vidas das pessoas ali presentes.

Nome dos personagens:

TIÃO: padrinho do menino
NHANA: madinha do menino
TONICO: o guia do primeiro grupo de retirantes
CHICO: retirante cego
PITÓ: cachorro dop menino
JUVÊNCIO: patrão/chefe das terras onde o menino morava
SEVERINA: mulher dona de uma pensão
DONATO: açogueiro
TINOCO: vizinho da severina
VENTURINO: retirante que enganou o chico sobre o cara que fazia milagres